A relação dos povos antigos com a
alimentação no tempo em que a Deusa caminhava entre nós:
Cerca
de 700 anos AC, um pouco por toda a Europa, um povo espalhou os seus costumes,
deixando marcas que sobreviveram até hoje.Eram os Celtas, dos quais nós Lusitanos
podemos dizer que somos descendentes uma vez que por aqui estiveram também.
As
Colheitas eram o ponto fulcral da sua economia: grandes festas rituais, eram a
expressão da sua gratidão á Mãe Terra pela abundância destas, bem como outras
destinadas a pedir a Sua protecção e bênção!
Nada se
semeava sem pedir a Bênção da Mãe; nada se colhia sem pedir permissão ao
espírito da planta ou do animal, muito menos sem agradecer devidamente a Dádiva recebida.
Nesses
tempos difíceis, em que a sobrevivência dependia principalmente de colheitas
abundantes e da caça, estes povos considerados por muitos como “Bárbaros”
sabiam da extrema importância da terra , sabiam o quanto dependiam dela e do
respeito com que a tratassem.
Na
ultima Colheita Outonal, tal como formigas diligentes, enchiam os celeiros ,
salgavam as carnes resultantes das caçadas e curtiam as peles.
As
mulheres percorriam os bosques em busca das ultimas bagas,raízes e
frutos.Colhiam as Ervas que lhes haveriam de valer em tisanas e cataplasmas
durante o longo Inverno, quando a terra
coberta de gelo nada produzia.
O
espírito era de partilha e grande respeito.
Como
dizia Lavoisier, “ Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se
transforma!”
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